O HSV-1 foi contraído por meio de alimentos ofertados por pessoas contaminadas.
Aparentemente, alimentar animais sugere ser uma boa ação e, na verdade, quando os seres humanos alimentam animais silvestres e até mesmo selvagens, está causando sérios impactos negativos ao meio ambiente e na própria vida dos animais alimentados. O animal precisa retirar o seu alimento do meio em que vive, ressaltando que, a natureza é sábia e a vida por si só dá o seu jeito, refletindo no âmbito da própria evolução da vida no planeta Terra.
A prova que ações antrópicas (ações promovidas pelos seres humanos) são danosas ao meio ambiente, foi o registro de mortes de três micos-estrela, diagnosticados como causa das mortes, infecção provocada por herpesvírus (HSV-1) — contraído por meio de alimentos ofertados por pessoas contaminadas. Os micos, mortos, foram encontrados no Parque das Mangabeiras, importante área ambiental localizada na região Centro Sul de Belo Horizonte, Minas Gerais.








Parque das Mangabeiras – Belo Horizonte
A Fundação de Parques e Zoobotânica informou que as mortes dos animais indicam um cenário de surto apenas para a população de micos-estrela existente no Parque das Mangabeiras.
Segundo ainda a Entidade, a prefeitura da capital mineira investiga ainda a morte de um outro mico pelo mesmo vírus. “O quarto animal foi enviado para Centro de Triagem de Animais Silvestres do IBAMA, mas as análises não foram conclusivas”, ressaltou a Entidade.
Herpesvírus (HSV-1)
O herpesvírus, detectado em uma pessoa infectada, pode provocar bolhas nos lábios, boca ou ao redor dos olhos e, ao ser tratada conforme orientação médica, pode ser considerada como uma infecção comum, pois a doença apresenta poucos riscos para a saúde humana e, portanto, não oferece riscos de morte aos seres humanos. No entanto, a orientação dos especialistas é procurar atendimento médico em casos de surgimento da infecção.
Animais precisam retirar os seus alimentos da própria natureza
Ambientalistas e especialistas em saúde animal orientam a população a não alimentar animais silvestres, pois os seres humanos podem transmitir vírus e bactérias nocivas à vida dos animais.
Alimentar animais, principalmente silvestres, é geralmente desaconselhado pelo fato de que poderá alterar os comportamentos naturais dos animais, tornando-os dependentes das pessoas e afetando a saúde e segurança dos próprios animais.
Salienta-se que a alimentação de animais silvestres pode também desequilibrar o ecossistema, atraindo espécies indesejadas e prejudicando a fauna e flora locais, lembrando que a morte de um animal afeta toda a cadeia, pois todos os seres vivos estão diretamente ou não interligados um ao outro, mantendo assim o equilíbrio ecológico do planeta.
É essencial observar os animais silvestres e selvagens à distância e evitar contato físico e oferta de alimentos, permitindo que eles se alimentem naturalmente e mantenham as suas independências e especialmente a sua segurança.
Lembre-se: os animais têm suas características específicas e, os seres humanos precisam respeitar tanto os animais quanto o meio ambiente!

Mico-Estrela em seu habitat natural
Então, fica a dica: ao visitar parques, matas e áreas ambientais, o correto é que os visitantes, praticantes de eco esportes e de ecoturismo utilizem corretamente as lixeiras dos parques e em caso de ecoturismo e eco esportes, acondicionem seus lixos em sacolas para descarta-las devidamente em lixeiras, garantindo que os resíduos (orgânicos e inorgânicos) não fiquem de fácil acesso para os animais, contribuindo assim, de forma positiva para a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade da qualidade de vida de todos os seres vivos, inclusive dos seres humanos, lembrando que a fauna e a flora, incluindo a espécie humana estão interligados entre si e, nesse sentido, a morte de um animal pode acarretar sérios e irreversíveis impactos socioambientais na vida em escala global.
As ações ocorrem semanalmente no Parque das Mangabeiras, com bate-papos itinerantes. “Os visitantes são orientados sobre o uso correto das lixeiras do parque, garantindo que os resíduos não fiquem de fácil acesso para os animais”, destacou. A ação tem como objetivo conscientizar sobre os riscos dos herpesvírus para os animais.