Bullying (atos repetitivos de agressão e intimidação); uso de entorpecentes; violências físicas, psicológicas, morais, patrimoniais (depredação de bens); más condições salariais, entre outros contribuem para o desmoronamento de uma escola dentro do proposto e o esperado, principalmente pela comunidade escolar.
Cuidados com a segurança e o bem-estar dos discentes, como a falta de vigilância, a ausência de estrutura adequada ou a falta de apoio emocional e presença de parte dos responsáveis (pais e/ou tutores) de alunos são assuntos discutidos incansavelmente em rodas de conversas de profissionais da Educação, podendo até mesmo afirmar, em maioria do território nacional brasileiro.
É fato que, constantemente, a considerada “mass media” veicula, principalmente nos telejornais, acontecimentos envolvendo violências em ambientes escolares, em especial, contra educadores, especialistas e demais profissionais da Educação, podendo citar o recente caso da professora, de uma escola pública da rede municipal da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que denunciou injúria racial que, segundo ela, sofria há anos; e o caso de uma professora que foi esfaqueada dentro de uma escola municipal em Caxias do Sul (RS), a cerca de 125 quilômetros de Porto Alegre, sendo que, nesse caso, dois adolescentes, de 14 e 15 anos, foram apreendidos.
Já se foi a época que se podia ficar tranquilo quando uma criança, adolescente e até mesmo um adulto fosse para escola, então considerada como uma instituição de oferta de ensino, principalmente público, de qualidade, com ambiente infraestrutural adequado e sem preocupações, propício para a socialização da pessoa… um lugar amplamente de práticas educacionais e culturais livre de quaisquer manifestos de violência e degradação sócio humana.
A escola hodierna tornou-se e ainda está, dia a dia, um lugar insalubre e arriscado, principalmente para atuar como docente, levando muitos profissionais da educação e não só professores a desistir da profissão.
Tal situação pode levar muitas instituições de ensino, principalmente do Ensino Superior, destinadas à formação de professores, encerrarem suas atividades por falta de interessados, como ainda, a decadência das próprias escolas de ensino fundamental e médio, pois em muitos casos, há escolas que têm alto índice de evasão escolar, fazendo com que gestores e especialistas em educação “se virem nos trinta”, promovendo ações e estratégias emergenciais, como buscas ativas a fim de, buscar e trazer os alunos evadidos ao seio escolar.
É fato contundente que a educação hodierna no Brasil passa por sérios desafios significativos, com baixo desempenho em rankings internacionais, alta taxa de analfabetismo e desigualdades entre regiões e grupos socioeconômicos, mesmo havendo registros de avanços em infraestrutura e formação de professores, a qualidade do ensino e o acesso a ela permanecem como fatores preocupantes, levando a muitos especialistas afirmarem que ainda neste século ou até mesmo em poucos anos, haverá abismal falta de profissionais em Educação, principalmente de professores, especialmente nas redes públicas de ensino.
Outra preocupação que tange à Educação brasileira se pauta na própria segurança do trabalho para professores, considerada crucial, abrangendo a proteção contra riscos físicos, como acidentes em ambientes escolares e a saúde mental, que pode ser afetada por estresse e sobrecarga de atividades laborais docentes, lembrando que muitos professores atuam dentro da escola e em seus lares, preparando aulas, materiais didáticos, provas e correção de escola, salientando que muitos, insatisfeitos com os seus salários.
Como propostas e ações eficientes e eficazes, acredita-se que o melhor a se fazer para a educação no Brasil, é a promoção e efetivação de políticas públicas com ações cooperativas entre Estado, Escola e Sociedade Civil, além de investimentos pesados em diversos aspectos, como a valorização dos professores, a ampliação da educação básica e profissional, o uso de tecnologias, a promoção da inclusão e a gestão escolar eficiente, sem se esquecer que o fundamental é garantir infraestrutura adequada, como bibliotecas, laboratórios e instalações bem equipadas, garantia de qualidade de vida e saúde, além de melhores salários que permitam mais dignidades aos professores .